Saber Aproveitar a Oportunidade
A criação do novo aeroporto, independentemente da localização escolhida, representa uma oportunidade única de desenvolvimento para o país. Sendo uma pena que a forma de fazer (eventualmente, porque isso unânime entre os economistas) crescer a economia dependa da intervenção do Governo, não nos podemos dar ao “luxo” de a desperdiçar.
Não apenas pela possibilidade de no futuro gerir maior tráfego aéreo, o que representaria mais pessoas a entrarem e consumirem em território português, mas também por toda a actividade comercial que pode ser gerada à volta desta infra-estrutura.
Se este aeroporto for encarado como um investimento sustentável de longo-prazo, o Governo deverá ponderar criteriosamente a organização da sua envolvente. Incentivar a instalação de privados (indústria e serviços) em redor do aeroporto será, portanto, fundamental. E isso irá atrair pessoas e investimento imobiliário. Se representar um projecto bem pensado, poderá criar-se uma nova cidade moderna, quase ao estilo de “Las Vegas”. Seria muito empobrecedor olhar para este investimento apenas como um meio para “abastecer” Lisboa. A melhor forma será encarar este (inevitável, ao que parece) gasto de fundos num investimento concreto e com perspectivas ambiciosas.
Chamar “investimento” só à construção do aeroporto seria bastante redutor, ao estilo do que vamos sendo habituados na maioria das construções nos nossos municípios. Impõe-se, portanto, ser criativo e até visionário. A melhor forma será, porventura, analisar o que se fez em outros países, desde a Europa aos EUA. A prática de benchmarking é um excelente potenciador de oportunidades.
Convém igualmente ter em atenção aos custos. Não nos serve algo de muito “extraordinário”, como alguns apelidaram a “Casa da Música”, quando o custo inerente excede em muito os fundos disponíveis. O CDS/PP propôs a criação de uma ‘comissão de controlo de custos’ para evitar derrapagens. O PS já fez saber que está contra. Se sem a referida comissão e com o apoio do Tribunal de Contas se evitarem derrapagens, muito bem. Mas a atitude do PS esconde uma triste sina: “o futuro nos dirá quem tem razão”. Quando esse futuro chegar, se as coisas correrem mal, pagamos todos. Mas porque isso aconteceria? A história não tem que ser o prefácio do futuro, mas por vezes é bom não a esquecer.
Nota: em abono da opinião expressada no artigo anterior, relativamente ao fosso salarial existente em Portugal, dissemos que ele estava a ser mal interpretado: não eram os gestores que ganhavam necessariamente “demais”, mas os trabalhadores que ganham pouco. Dados vieram a público posteriormente que reforçam esta ideia. Em acréscimo, não faz sentido “desculpar” os baixos salários com uma questão de competitividade; os salários mínimos de outros países europeus são superiores aos nossos e não é por isso que são menos competitivos que nós.
Não apenas pela possibilidade de no futuro gerir maior tráfego aéreo, o que representaria mais pessoas a entrarem e consumirem em território português, mas também por toda a actividade comercial que pode ser gerada à volta desta infra-estrutura.
Se este aeroporto for encarado como um investimento sustentável de longo-prazo, o Governo deverá ponderar criteriosamente a organização da sua envolvente. Incentivar a instalação de privados (indústria e serviços) em redor do aeroporto será, portanto, fundamental. E isso irá atrair pessoas e investimento imobiliário. Se representar um projecto bem pensado, poderá criar-se uma nova cidade moderna, quase ao estilo de “Las Vegas”. Seria muito empobrecedor olhar para este investimento apenas como um meio para “abastecer” Lisboa. A melhor forma será encarar este (inevitável, ao que parece) gasto de fundos num investimento concreto e com perspectivas ambiciosas.
Chamar “investimento” só à construção do aeroporto seria bastante redutor, ao estilo do que vamos sendo habituados na maioria das construções nos nossos municípios. Impõe-se, portanto, ser criativo e até visionário. A melhor forma será, porventura, analisar o que se fez em outros países, desde a Europa aos EUA. A prática de benchmarking é um excelente potenciador de oportunidades.
Convém igualmente ter em atenção aos custos. Não nos serve algo de muito “extraordinário”, como alguns apelidaram a “Casa da Música”, quando o custo inerente excede em muito os fundos disponíveis. O CDS/PP propôs a criação de uma ‘comissão de controlo de custos’ para evitar derrapagens. O PS já fez saber que está contra. Se sem a referida comissão e com o apoio do Tribunal de Contas se evitarem derrapagens, muito bem. Mas a atitude do PS esconde uma triste sina: “o futuro nos dirá quem tem razão”. Quando esse futuro chegar, se as coisas correrem mal, pagamos todos. Mas porque isso aconteceria? A história não tem que ser o prefácio do futuro, mas por vezes é bom não a esquecer.
Nota: em abono da opinião expressada no artigo anterior, relativamente ao fosso salarial existente em Portugal, dissemos que ele estava a ser mal interpretado: não eram os gestores que ganhavam necessariamente “demais”, mas os trabalhadores que ganham pouco. Dados vieram a público posteriormente que reforçam esta ideia. Em acréscimo, não faz sentido “desculpar” os baixos salários com uma questão de competitividade; os salários mínimos de outros países europeus são superiores aos nossos e não é por isso que são menos competitivos que nós.
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