Um Estado de Educação
Chegou Setembro. A correria aos “hipers” já começou e toda a gente que se apresse, se não fica com os cadernos com pior design… Os miúdos vão para a escola mais “artilhados” do que os soldados americanos para o Iraque. As miúdas, instigadas pelas mães (que acham sempre que as filhas não são “menos que as outras”), vasculham todos os centros comerciais em busca do lápis perfeito a condizer com o caderno às flores, a camisola rosa “choque”, o soutien e o piercing do nariz…
Nesta época de grande azáfama, em que o novo ano lectivo está prestes a começar, encara-se a educação como se encarava a ida à missa há 10 anos atrás. Nessa altura, em que ainda se ia à missa, as pessoas aí mostravam os seus trajes e os dos seus filhos; hoje em dia, os pais competem pela melhor toillete no shopping enquanto que os filhos lutam pelo título de Mister e Miss da sua escola ou faculdade.
Ou seja, a escola, suposta entidade responsável por educar, funciona como um mero passatempo para alguns e “passerelle” para outros. Dados estatísticos provam isto mesmo: nós estamos na “cauda da Europa” (expressão, diga-se, bastante curiosa…) no que concerne à educação. Os alunos, que se deveriam preocupar em aprender e melhorar os seus conhecimentos, preocupam-se em não ter faltas, usar o calçado e a roupa da moda, não perder qualquer festa (o problema não está na festa propriamente dita, mas sim na importância que lhe é atribuída) e “não chumbar a nada”/”não ter negas”.
Isto é bastante alarmante pois, cada vez mais, formamos analfabetos e incultos, já que a formação é incompleta: não há nem uma componente de formação cívica na maioria das instituições de ensino, nem um sistema de avaliação de professores que funcione correctamente e exonere os incompetentes. Saberão esses alunos quanto custam ao país, a Portugal, a todos os contribuintes, andarem “a pastar os livros”? Nada se estiverem no ensino público, dirão alguns. Errado. 4200 euros por ano é quanto custa, em média, sustentar um aluno do ensino básico ao secundário, pago através dos impostos. Montante suficiente para qualquer pai poder escolher um estabelecimento de ensino que entendesse ser mais apropriado para cada um dos seus filhos e onde estes recebessem uma formação que lhes desse uma visão da educação mais responsável.
Considerando a situação presente, o lema do nosso país (se é que tem que haver um) deveria ser “Um Estado de Educação” e não, como hoje em dia se sente, “Um Estado de Desresponsabilização”.
Se estava mesmo a pensar ir comprar 2 quilos de material escolar ao “hiper” mais próximo, pense se isso vale mesmo a pena, se o seu filho vai aprender mais e melhor por ir “mais artilhado” que os outros para a escola.
Porque não valorizar os estudos do seu filho, dando-lhe o material escolar que ele quer (não o que precisa) progressivamente, sempre que ele obtiver bons resultados na escola?
Empenhe-se, no que estiver ao seu alcance, e faça com que um “Doutor” seja mais do que apenas “um burro carregado de livros”.
Nesta época de grande azáfama, em que o novo ano lectivo está prestes a começar, encara-se a educação como se encarava a ida à missa há 10 anos atrás. Nessa altura, em que ainda se ia à missa, as pessoas aí mostravam os seus trajes e os dos seus filhos; hoje em dia, os pais competem pela melhor toillete no shopping enquanto que os filhos lutam pelo título de Mister e Miss da sua escola ou faculdade.
Ou seja, a escola, suposta entidade responsável por educar, funciona como um mero passatempo para alguns e “passerelle” para outros. Dados estatísticos provam isto mesmo: nós estamos na “cauda da Europa” (expressão, diga-se, bastante curiosa…) no que concerne à educação. Os alunos, que se deveriam preocupar em aprender e melhorar os seus conhecimentos, preocupam-se em não ter faltas, usar o calçado e a roupa da moda, não perder qualquer festa (o problema não está na festa propriamente dita, mas sim na importância que lhe é atribuída) e “não chumbar a nada”/”não ter negas”.
Isto é bastante alarmante pois, cada vez mais, formamos analfabetos e incultos, já que a formação é incompleta: não há nem uma componente de formação cívica na maioria das instituições de ensino, nem um sistema de avaliação de professores que funcione correctamente e exonere os incompetentes. Saberão esses alunos quanto custam ao país, a Portugal, a todos os contribuintes, andarem “a pastar os livros”? Nada se estiverem no ensino público, dirão alguns. Errado. 4200 euros por ano é quanto custa, em média, sustentar um aluno do ensino básico ao secundário, pago através dos impostos. Montante suficiente para qualquer pai poder escolher um estabelecimento de ensino que entendesse ser mais apropriado para cada um dos seus filhos e onde estes recebessem uma formação que lhes desse uma visão da educação mais responsável.
Considerando a situação presente, o lema do nosso país (se é que tem que haver um) deveria ser “Um Estado de Educação” e não, como hoje em dia se sente, “Um Estado de Desresponsabilização”.
Se estava mesmo a pensar ir comprar 2 quilos de material escolar ao “hiper” mais próximo, pense se isso vale mesmo a pena, se o seu filho vai aprender mais e melhor por ir “mais artilhado” que os outros para a escola.
Porque não valorizar os estudos do seu filho, dando-lhe o material escolar que ele quer (não o que precisa) progressivamente, sempre que ele obtiver bons resultados na escola?
Empenhe-se, no que estiver ao seu alcance, e faça com que um “Doutor” seja mais do que apenas “um burro carregado de livros”.
Luis Soares
Nuno Miguel Santos
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home