Os Novos "Domingueiros"
Quem nunca assistiu, ou até mesmo participou, numa daquelas peregrinações aos centros comerciais, num entediante Domingo à tarde?
Não fosse esta uma pergunta retórica e muitos responderiam afirmativamente. De facto, estas eufóricas ‘debandadas’ ao (como muitos chamam) “chópe” (perdoem-nos a sinceridade) emanam da crescente interiorização do consumismo irracional na vida das pessoas. Não que o acto de consumir seja errado; não é isso que está em questão. O problema prende-se com a falta de competência na gestão financeira do orçamento do agregado familiar, que, quer se queira, quer não, põe, ao mesmo tempo, em causa a educação dos (nossos) filhos.
E este é um ponto fundamental, porque sendo os pais irresponsáveis, como poderão ser eles responsáveis pelos seus filhos e como garantirão que estes sejam responsáveis no futuro? Forma-se assim um ciclo vicioso, onde pais irresponsáveis geram futuros pais igualmente irresponsáveis, com as devidas excepções.
A sensação que se tem ao ver aquelas crianças e jovens entaladas no meio da multidão, que compete pelo melhor par de sapatos ou pela camisola mais ‘in’ ao menor preço, é de profunda tristeza.
Qualquer pessoa que, por casualidade, tenha que passar num Domingo à tarde na proximidade, por exemplo, do Nassica ou do Norteshopping, mesmo sem a intenção/necessidade de lá entrar, testemunha a vivacidade com que famílias e mais famílias se deslocam para o cumprimento do ritual de Domingo. O tradicional “domingueiro”, aselha na condução e parolo na ornamentação, tem vindo a ser substituído, a passos largos, pelo novo “domingueiro”, qual novo rico, que leva orgulhosamente a família num longo passeio pelo... shopping.
Não fosse esta uma pergunta retórica e muitos responderiam afirmativamente. De facto, estas eufóricas ‘debandadas’ ao (como muitos chamam) “chópe” (perdoem-nos a sinceridade) emanam da crescente interiorização do consumismo irracional na vida das pessoas. Não que o acto de consumir seja errado; não é isso que está em questão. O problema prende-se com a falta de competência na gestão financeira do orçamento do agregado familiar, que, quer se queira, quer não, põe, ao mesmo tempo, em causa a educação dos (nossos) filhos.
E este é um ponto fundamental, porque sendo os pais irresponsáveis, como poderão ser eles responsáveis pelos seus filhos e como garantirão que estes sejam responsáveis no futuro? Forma-se assim um ciclo vicioso, onde pais irresponsáveis geram futuros pais igualmente irresponsáveis, com as devidas excepções.
A sensação que se tem ao ver aquelas crianças e jovens entaladas no meio da multidão, que compete pelo melhor par de sapatos ou pela camisola mais ‘in’ ao menor preço, é de profunda tristeza.
Qualquer pessoa que, por casualidade, tenha que passar num Domingo à tarde na proximidade, por exemplo, do Nassica ou do Norteshopping, mesmo sem a intenção/necessidade de lá entrar, testemunha a vivacidade com que famílias e mais famílias se deslocam para o cumprimento do ritual de Domingo. O tradicional “domingueiro”, aselha na condução e parolo na ornamentação, tem vindo a ser substituído, a passos largos, pelo novo “domingueiro”, qual novo rico, que leva orgulhosamente a família num longo passeio pelo... shopping.

Numa altura em que, cada vez mais, os pais têm (ou parecem ter) menos tempo/disponibilidade para os filhos, a escolha de passar o único dia da semana inteiramente livre num antro exíguo com cheiros por vezes insuportáveis, onde os olhares suscitam as mais variadas ‘sensações’, como a inveja, a sensualidade, o egoísmo ou o exibicionismo (dos mais peneirentos), revela uma sociedade com que não nos conformamos.
Não lhe parece melhor, a si que nos está a ler, que um Domingo em família, em casa ou fora dela, mas EM FAMÌLIA, onde se possam conhecer novos lugares, ‘viver novas experiências’ em conjunto, partilhar até experiências passadas - fomentando e enriquecendo a ligação entre gerações, é uma melhor opção? Coisas tão simples e insignificantes (?) como dar um passeio na praia, ver um filme em família, ler um livro ou jogar um jogo...
Alguns dirão: “Isso é uma mariquice! É só palavreado e ‘falinhas mansas’...”. Mas não serão esses que se orgulham de nunca terem pegado no filho ao colo? Outros dirão: “Estes dois jovens parecem uns cotas!” E outros dirão ainda: “Não é a juventude que me vai dar lições. Era só o que faltava.”
No entanto, estamos certos que muitos outros concordarão que algo vai muito mal nesta sociedade descontrolada. Porque mais liberdade implica maior responsabilidade, e muitos portugueses ainda não são capazes de lidar com isso.
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